terça-feira, 24 de abril de 2012

Comitê organiza debate sobre Lei Ficha Limpa


O plenário da Câmara Municipal de Poá recebeu palestra sobre a Lei Ficha Limpa na noite desta segunda-feira. A nossa iniciativa teve como palestrantes Marlon Lelis, coordenador do MCCE (Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral) do estado de São Paulo, e Donato Grillo, também membro da organização não governamental.

Em uma hora e meia de conversas os palestrantes mostraram ao público presente a importância da Lei Complementar 135/2010 (Ficha Limpa) que já está em vigor. Marlon, que teve discurso mais incisivo sobre o atual quadro político brasileiro, ainda respondeu a várias perguntas dos presentes, deixando de maneira mais clara a atuação cabível nos possíveis casos de ficha suja.


Além dos dois palestrantes, compuseram a “mesa” a jornalista Patrícia Toni e o mediador dos debates, Tomaz Amorim. Patrícia foi escolhida como representante do Comitê, apresentando a organização social à população presente antes da fala dos convidados.

Donato Grillo foi o primeiro a ter a palavra e aproveitou para explicar sua ação na cidade de Guararema, que acontece há três anos. Vice-Presidente do Conselho das Associações de Moradores de Bairro do Município, Donato falou sobre a atuação de diversos grupos na região a favor da uma política correta, unidos com o intuito de fiscalizar o trabalho dos representantes no Alto Tietê. “Vocês vão liderar o país em breve, precisam participar”, disse à juventude, que formava a maioria dos presentes.

Em seguida a vez foi de Marlon Lelis entrar em ação, compartilhando com o público as experiências na criação e luta pela aprovação da Ficha Limpa. Ele também falou sobre seu trabalho em denunciar irregularidades e apontar os políticos com inelegibilidade confirmada, afirmando que isso “deve ser bem feito, com consciência e conhecimento da lei”.

Marlon Lelis mostra ao público presente
as características da lei Ficha Limpa.

Segundo Marlon, as câmaras municipais não tem corpo técnico para fiscalizar as ações do executivo, apontando que não tem “nada melhor que a fiscalização” na pratica cidadã. Na parte de perguntas, o coordenador do MCCE explicou melhor os crimes que tornam o candidato incapaz de concorrer às eleições, como improbidade administrativa, lavagem de dinheiro, formação de quadrilha e nepotismo.

A ação mostrou que a população poaense está interessada em buscar conhecimento para evitar o mau uso do dinheiro público e do jogo de interesses feitos pela minoria privilegiada há muitos anos. Palestras como a realizada na noite de segunda-feira tem exatamente este intuito, aproximando os cidadãos da política municipal e ativa sua prática de cidadania.

Foto: Comitê da Cidadania Ativa

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